Anteriormente, Donald Trump ameaçou Ancara com sanções econômicas caso esta decidisse atacar os curdos sírios, o que causou uma reação dura da parte turca. O líder dos EUA assinalou que é necessário criar uma zona tampão entre a Turquia e a Síria.
"As declarações de Trump no Twitter me entristeceram, a mim e meus colegas. Ontem nós falamos novamente pelo telefone. Foi uma conversa produtiva. Eu creio que nós com Trump chegamos a um entendimento comum sobre a situação na Síria. Ele mais uma vez confirmou a intenção de retirar as tropas e o desejo de criar uma zona de segurança de 32 quilômetros", declarou Erdogan.
O presidente turco afirmou que os EUA e a Turquia chegaram a acordo sobre a coordenação posterior entre os representantes dos dois países sobre as questões atuais, sublinhando que isso tem "importância histórica". Ancara continua cumprindo suas obrigações, usando os canais políticos e diplomáticos, assinalou ele, acrescentando que "a Turquia é um Estado de todos os nossos povos irmãos, curdos, árabes, independentemente da nacionalidade ou crença".
Anteriormente, o presidente turco anunciou que Ancara estava prestes a começar uma operação no leste do rio Eufrates, bem como na cidade síria de Manbij contra as milícias curdas, se os EUA não as retirassem de lá. Posteriormente, Erdogan destacou que decidiu adiar o início da operação militar na Síria após uma conversa telefônica com Donald Trump, depois da qual Trump tomou a decisão de retirar as tropas norte-americanas da Síria.
Em 19 de dezembro, Donald Trump declarou a vitória dos EUA contra o Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em vários outros países) na Síria, destacando que o grupo terrorista era o único motivo pelo qual as tropas americanas se encontravam no país árabe. Posteriormente, a porta-voz da Casa Branca afirmou que os EUA iniciaram a retirada das forças da Síria, observando que isso não significaria "o fim da luta da coalizão internacional".