O porta-voz Robert Palladino afirmou que o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, e a ministra de Relações Exteriores canadense, Chrystia Freeland, conversaram e "expressaram suas preocupações sobre as detenções arbitrárias e condenações de cidadãos canadenses motivadas politicamente".
Um tribunal chinês condenou o canadense Robert Schellenberg à morte em um repentino novo julgamento por tráfico de drogas na segunda-feira (14).
Freeland e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, têm conversado com líderes mundiais sobre o caso de Schellenberg e os casos de dois canadenses presos na China em aparente retaliação à prisão da executiva chinesa Meng Wanzhou, da Huawei.
Ela foi detida no Canadá por pedido dos Estados Unidos — que defendem sua extradição para responder a acusações de fazer negócios com empresas sancionadas do Irã.
O Canadá embarcou em uma campanha com aliados para conseguir a libertação do ex-diplomata Michael Kovrig e do empresário Michael Spavor, que foram detidos 10 dias após a prisão de Meng em 1º de dezembro.
A Casa Branca anteriormente chamou as detenções de "ilegais", mas o presidente Donald Trump não se pronunciou. Trudeau ligou para Trump na semana passada para falar sobre o assunto.
Uma autoridade do governo canadense, falando anonimamente, disse nesta semana que autoridades chinesas têm interrogado Kovrig sobre sua atuação como diplomata na China.
O premiê canadense têm argumentado que Kovrig tem imunidade diplomática e não poderia estar preso.
Kovrig estava trabalhando como analista para a International Crisis Group e de licença de seu cargo como diplomata quando foi preso.
Um ex-embaixador canadense na China, Guy Saint-Jacques, disse que interrogar Kovrig sobre sua atuação como diplomata na China violaria as proteções à imunidade diplomática residual da Convenção de Viena.