O autor da matéria, Loren Thompson, se mostra preocupado que os EUA invistam em sua defesa antimíssil quase dez vezes menos que no apoio militar ao governo do Afeganistão. Enquanto isso, segundo ele, a retaliação a um possível ataque maciço com mísseis por parte da Rússia e da China seria dificultada. O autor frisou que os militares norte-americanos não consideram tal possibilidade devido à garantia de uma resposta dos EUA.
"Trinta anos de investimentos modestos em tecnologias defensivas nos levaram àquela situação em que poderíamos derrotar um ataque de tais países pouco sofisticados como a Coreia do Norte", segundo o autor do artigo.
A nova estratégia do Pentágono para o desenvolvimento da defesa antimíssil prevê o posicionamento no espaço de seus elementos (sensores e interceptores). Além disso, está previsto reforçar o grupo de defesa antimíssil no Alasca, onde o número total de antimísseis será de 64, e a instalação lá de novos radares e sensores de detenção imediata de mísseis estrangeiros.
Entretanto, segundo a edição, a realização deste plano também pode levar décadas, ou até mais, enquanto os ciclos políticos são mais curtos que os de desenvolvimento de tecnologias defensivas. Portanto, Thompson ressalta que uma nova administração até pode rever essa estratégia.
O autor conclui que daqui a vários anos surgirão novas tecnologias ofensivas, inclusive hipersônicas, mas a estratégia de defesa antimíssil também deve atender os desafios do futuro, o que ela atualmente não faz.