Ali Shamkhani, secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, disse em uma entrevista, publicada pela agência de notícias Mehr, que Teerã continuaria apoiando a Síria enquanto Damasco precisar de sua ajuda na luta contra o terrorismo.
"Nós rejeitamos a interferência nos assuntos internos de outros países e com certeza nós não permitiremos que alguém intervenha nos nossos assuntos internos. Então, a pedido dos governos do Iraque e da Síria, nós fomos a esses países e combatemos o Daesh e a Frente al-Nusra [grupos terroristas proibidos na Rússia e em vários outros países]", declarou.
A entrevista de Ali Shamkhani foi publicada no mesmo dia em que Israel anunciou ter realizado o segundo ataque aéreo em dois dias contra supostos alvos iranianos na Síria.
As Forças de Defesa de Israel (IDF, da sigla em inglês) escreveram no Twitter que tinham atacado supostas localizações militares iranianas, inclusive "instalações da [unidade especial do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irã] Força Quds, armazéns de armas, principalmente na área do Aeroporto Internacional de Damasco, um centro de inteligência iraniano, um campo de treinamento iraniano" na Síria.
Os ataques aéreos foram realizados como resposta ao lançamento de um míssil do território sírio contra o norte das Colinas de Golã. As IDF afirmaram que o sistema de defesa aérea Iron Dome interceptou o míssil.
Israel declarou repetidamente estar preocupado com a alegada presença militar iraniana na Síria, enquanto Teerã sublinhou consistentemente que apenas tem providenciado consultores militares à Síria para a ajudar na luta contra o terrorismo.