De acordo com o jornal italiano La Stampa, um dos pontos levantados seria o interesse dos italianos em vender ao Brasil fragatas Fremm e blindados ao custo de 1,6 bilhão de euros (6,88 bilhões de reais).
A conversa foi confirmada ao jornal O Estado de S.Paulo pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Augusto Heleno.
Rezende justifica a escassez de dinheiro pelo fato de que nos últimos anos a Marinha gastou muito recurso no programa de desenvolvimento do submarino nuclear e na aquisição de quatro submarinos de tecnologia francesa.
"Eu duvido muito que a gente tenha condição de comprar essas fragatas agora porque são fragatas que custam 750 milhões de dólares cada uma", afirmou em entrevista à Sputnik Brasil.
Pedro Paulo Rezende diz que o Brasil, apesar de estar distante de comprar as fragatas italianas, necessita de novos equipamentos.
Outro país que poderia ajudar a esquadra brasileira é o Reino Unido. Segundo Rezende, eles estão prestes a ter que se livrar de alguns equipamentos.
"Nós temos necessidade urgente de pelo menos seis fragatas em boas condições de uso. Os britânicos poderiam nos ceder duas. Eles estão reavaliando os efetivos da Marinha Real em função dos custos de implantação do F-35 e da chegada de um porta-aviões", disse.
Mas o que pode tornar o negócio italiano vantajoso é a contrapartida oferecida por Giuseppe Conte. O primeiro-ministro italiano ofereceu atuar para que o acordo UE-Mercosul finalmente saia do papel.
"Nós estamos analisando a possibilidade de aquisição de carros de combate sobre rodas Centauro do exército italiano de segunda mão, que seriam extremamente bem-vindos porque eles se adéquam muito bem ao tipo de terreno do Brasil", completou Rezende.
A Sputnik Brasil entrou em contato com o Ministério da Defesa para saber informações sobre a possibilidade de compra dos equipamentos italianos, mas a pasta disse está "de mudança na chefia" e que só poderia dar uma resposta a partir do dia 29.