Guaidó: oposição realiza negociações secretas com militares para tirar Maduro do poder

© REUTERS / Manaure QuinteroJuan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela
Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela - Sputnik Brasil
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A oposição venezuelana está realizando negociações secretas com responsáveis militares e civis do país para tentar forçar o presidente Nicolás Maduro a sair do poder, disse na segunda-feira (28) o líder da oposição venezuelana Juan Guaidó, que se proclamou presidente interino.

"Temos conversado com funcionários do governo, civis e militares […] Este é um assunto muito delicado que envolve a segurança pessoal. Estamos nos encontrando com eles, mas discretamente", revelou Guaido em uma entrevista ao jornal estadunidense The Washington Post.

Ele afirmou também que planeja estabelecer um governo de transição como parte de seus esforços para derrubar Maduro.

Guaidó declarou ao jornal que a oposição planeja fornecer ajuda humanitária à população para desafiar a autoridade de Maduro. Ele disse que a ajuda foi possibilitada pelo apoio financeiro dos EUA, de vários países sul-americanos e da União Europeia.

"A ajuda humanitária é o centro de nossa política e estamos trabalhando na logística", sublinhou Guaidó ao jornal. "Acreditamos que isso será um novo dilema para o regime e as forças armadas. Terão que decidir se estão ao lado das pessoas e querem melhorar o país, ou se irão ignorá-lo", explicou ele.

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Anteriormente, Guaidó convocou seus apoiadores para saírem às ruas e protestarem contra o presidente Nicolás Maduro. Além disso, segundo o opositor, os protestos pretendem promover o respeito aos direitos humanos no país.

Em 23 de janeiro, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente interino da Venezuela. Os EUA e uma série de outros países, inclusive o Brasil, reconheceram Guaidó como presidente da Venezuela. A Rússia e vários outros países, incluindo a China, Cuba, e México apoiam a permanência de Maduro.

Moscou declarou que seu posicionamento sobre o reconhecimento de Nicolás Maduro como presidente legítimo da Venezuela não mudaria, assinalando que a postura dos países ocidentais mostra a forma como eles encaram o direito internacional, a soberania e a não interferência nos assuntos internos dos outros países.

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