Reino Unido trata Venezuela de forma 'cínica', diz embaixada russa em Londres

© Sputnik / Alex McNaughton / Acessar o banco de imagensA bandeira russa tremula em frente à embaixada da Rússia em Londres, no Reino Unido.
A bandeira russa tremula em frente à embaixada da Rússia em Londres, no Reino Unido. - Sputnik Brasil
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O Reino Unido mantém uma atitude cínica a respeito da situação na Venezuela ao decidir pelos venezuelanos o futuro do país, denuncia um porta-voz da embaixada russa em Londres.

"Quanto ao enfoque do Reino Unido, parece especialmente cínico, já que Londres que fala da necessidade de eleições, na verdade tomou a decisão pelos cidadãos do país [sul-americano], ao declarar [o presidente venezuelano Nicolás] Maduro ilegítimo e ao dizer que o [o líder da oposição Juan] Guaidó é o homem que pode levar a Venezuela adiante", disse a repórteres o porta-voz da embaixada russa em Londres.

O diplomata russo ressaltou que o exemplo de países como a Síria ou a Líbia "mostra muito bem ao que pode levar essa retórica, tanto para as nações em questão quanto para a reputação da diplomacia britânica".

O porta-voz reiterou que a Rússia rechaça qualquer intervenção externa na Venezuela e sustenta que o direito de decidir o futuro do país cabe aos venezuelanos.

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"Declarar 'ilegítimo' a um presidente em atividade e ameaçar reconhecer como chefe de Estado um outro indivíduo constitui uma ingerência descarada nos assuntos internos e uma flagrante violação do direito internacional", completou o porta-voz.

A Rússia oficialmente afirmou que está "disposta a colaborar com todos os atores da comunidade internacional que compartilham de nossa convicção de que se deve buscar um acordo entre as forças políticas distintas da Venezuela".

O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Jeremy Hunt, declarou anteriormente que Maduro é um presidente "ilegítimo" e que agora Guaidó deve dirigir o país.

No sábado (26), o Reino Unido se somou ao ultimato dado por Alemanha, França e Espanha contra o governo da Venezuela, ameaçando reconhecer Guaidó como presidente interino do país caso novas eleições não fossem convocadas dentro de um prazo de oito dias.

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