O assessor de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, foi visto na coletiva de imprensa na segunda-feira (28) com um caderno amarelo com as palavras "5.000 soldados para a Colômbia". O ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Carlos Holmes Trujillo, disse posteriormente que Bogotá não sabe por que motivo John Bolton mencionou o país na anotação sobre o possível envio de 5.000 soldados para a Colômbia em meio à crise na vizinha Venezuela.
"É muito duvidoso que a Colômbia envie algumas forças militares [à Venezuela]. Há pouco tempo que lá cessou a guerra civil que durou 50 anos. Se a Colômbia 'se envolver' no conflito militar no estrangeiro, na Venezuela vizinha, isso pode levar a consequências sérias dentro do país, já que permanecem muitas pessoas que combateram do lado da esquerda. Com certeza, eles saíram das florestas, mas não desapareceram, e nem todos eles estão contentes com o desenvolvimento dos acontecimentos na Colômbia", acrescentou Travkin.
Ele sublinhou que, em qualquer caso, a Venezuela está pronta para um cenário militar. O Exército venezuelano é forte e bem preparado, sendo composto principalmente por soldados oriundos do povo, 68% dos quais apoiam o presidente Nicolás Maduro, segundo o analista. "Se de repente acontecer uma invasão, tal custará grandes perdas ao invasor", acrescentou.
Desde 21 de janeiro que na Venezuela ocorrem protestos contra o presidente em função Nicolás Maduro. No dia 23 de janeiro, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, se declarou presidente interino do país durante o protesto antigovernamental nas ruas de Caracas.
Os EUA e uma série de outros países, inclusive o Brasil, reconheceram Guaidó como presidente da Venezuela. A Rússia, a China, Cuba, e o México, entre outros, apoiam a permanência de Maduro.