Na quinta-feira (31), o Parlamento da União Europeia — com maioria dos votos — reconheceu Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela.
O cientista político, diretor do Departamento de Ciências Políticas do Instituto de Finanças vinculado ao governo da Rússia, Pavel Salin, avaliou a situação em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik.
"Está ocorrendo uma campanha iniciada e organizada pelos EUA para substituição do regime de [Nicolás] Maduro, e a Europa desempenha nessa campanha uma função dada a ela", afirmou.
De acordo com Pavel Salin, a questão principal não está ligada ao posicionamento dos aliados dos EUA, mas ao nível de apoio prestado ao presidente legítimo da Venezuela, Nicolás Maduro, dentro do país.
"A questão é por quanto tempo Maduro conseguirá resistir ao cenário, e que medidas serão tomadas pelos EUA se os recursos de Maduro forem suficientes", especificou.
No dia 23 de janeiro, o presidente da Assembleia venezuelana, Juan Guaidó, se declarou presidente interino do país, apelando ao artigo 233 da Constituição.
O segundo mandato de Nicolás Maduro, atual presidente da Venezuela, não foi aceito pelos EUA e por mais vinte países, que decidiram não reconhecê-lo como chefe de Estado, alegando que as eleições foram "fraudulentas". Maduro e a sua administração consideram que Washington esteja arquitetando golpe de Estado contra o país.