O míssil faz parte do sistema de desenvolvimento militar do país que está mudando a capacidade do Irã para projetar sua força através do Oriente Médio.
Além disso, o sistema de mísseis supostamente possui um alcance de 1.350 km e é capaz de atingir alvos através da região, bem como na Ásia Central.
Com esse alcance, o Irã pode atingir os principais alvos dos seus principais adversários na região, Israel e Arábia Saudita. O fato é considerado como um marco para o país, já que o novo míssil capaz de atingir seus principais inimigos é de fabricação nacional, o que mostra seu desenvolvimento em sistemas de mísseis de cruzeiro.
O Irã possui um programa de mísseis balísticos desde 1980, contendo as plataformas Shahab-3 e Khorramshahr que possibilitaram o aumento das capacidades iranianas. O desenvolvimento de mísseis de cruzeiro de longo alcance representa uma nova capacidade fundamental.
Hoje, Israel possui sistemas de defesa antiaérea como Kela David (Funda de David) e Barak 8, além do Kipat Barzel (Cúpula de Ferro). Entretanto, nenhum deles está preparado para interceptar o novo míssil iraniano.
O único sistema capaz de interceptar esses alvos é a bateria de mísseis Raytheon Patriot, também usada pela Arábia Saudita, porém, sua eficácia está sendo contestada mesmo contra ataques aéreos relativamente básicos.
Ao saberem do novo míssil iraniano, os analistas de defesa israelenses demonstraram certa apreensão, inclusive em um relatório publicado recentemente, afirmando que o desenvolvimento dos mísseis de cruzeiro Hoveyzeh foi concluído com sucesso e eles "são capazes de voar até o alvo abaixo da detecção do radar".
Além disso, o relatório israelense classificou o míssil iraniano como preciso e de alto risco, já que pode realizar no início de um conflito ataques precisos contra os sistemas de defesa antiaérea israelenses e sauditas sem serem detectados.