NI aponta próximo grande problema da Força Aérea dos EUA

© REUTERS / Master Sgt. Kevin J. GruenwaldF-22 Raptor da Força Aérea dos EUA
F-22 Raptor da Força Aérea dos EUA - Sputnik Brasil
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O Escritório de Contabilidade do Governo dos Estados Unidos (GAO, na sigla em inglês) comentou em um relatório que a Força Aérea dos EUA ainda não tem técnicos de manutenção suficientes, escreve uma publicação do National Interest.

A edição cita que esse déficit é acentuado pela escassez de peças de reposição e pela falta de pilotos, que poderia comprometer os esforços nesse setor, inclusive colocaria em risco a prontidão da frota americana de caças.

Apesar dos índices gerais de manutenção de 2019 serem ruins, o órgão americano afirma que foram ainda piores nos anos anteriores.

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Segundo a GAO, há menos profissionais de manutenção altamente qualificados em comparação com os menos experientes, fator que pode ter efeito secundário na prontidão.

A agência de controladoria afirma que "em sete dos últimos oito anos fiscais, a Força Aérea teve falta de pessoal de manutenção experiente — aqueles que são mais qualificados para atender às necessidades das missões e são necessários para treinar novos técnicos […] Os funcionários concluem o ensino técnico em três níveis e, inicialmente, não têm a experiência e a proficiência necessárias para atender às necessidades das missões".

"Dirigentes da Força Aérea preveem que as brechas de pessoal continuarão até o ano fiscal de 2023", diz o relatório.

O autor do artigo explica que a tendência no déficit se deve ao fato de os técnicos qualificados estarem deixando a Força Aérea mais depressa do que o serviço pode substituí-los, e que a tentativa de concertar o problema com investimentos não deu os frutos esperados.

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De acordo com a edição, o ex-secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, exigiu em setembro de 2018 que as Forças Armadas atingissem uma taxa de capacidade de missão de 80% para os F-16, F/A-18, F-22 e F-35 dentro de um ano, o que se tornou difícil com a falta de profissionais neste ramo, enquanto que o site Defense News descreveu a porcentagem como sendo "bem acima das taxas de capacidade de missão que as aeronaves agora alcançam".

Mesmo com a renúncia de Mattis no dia 1º de janeiro de 2019, seu sucessor Patrick Shanahan não cancelou o decreto sobre prontidão.

"Especialistas concordam que a Força Aérea precisa melhorar sua manutenção dos aviões de caça. Mas até mesmo o general aposentado Hawk Carlisle, ex-chefe do Comando de Combate Aéreo, considerou o 'objetivo exagerado, como eufemismo'", destaca o comunicado.

De acordo com o jornal Air Force Times, a secretária da Força Aérea, Heather Wilson, disse que a Força Aérea acrescentaria pessoal militar e empreiteiros às unidades da Guarda Nacional Aérea, para melhorar a qualidade do serviço, e que aprimoraria o fluxo de peças de reposição.

Porém, segundo o autor do artigo, também faltam pilotos no ramo aéreo americano, que sofreu uma queda de cerca de 10% no seu número total — porcentagem que poderia "quebrar" a Força Aérea, advertiu Wilson em 2017.

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