Ressaltando que falava como um cidadão e não como um representante da administração dos EUA, Giuliani ressaltou que, na sua opinião, já estava na hora do atual governo de Teerã deixar o poder, chamando-o de "opressor" e "assassino".
"Muitos de nós que somos cidadãos americanos — agora estou falando em minha capacidade privada — por muitos anos, tanto com esse grupo [MEK] quanto com outros, acredito que tem que haver uma derrubada deste regime. Eu não acho que essa ditadura teocrática possa se tornar algum tipo de força democrática liberal-democrática", declarou à jornalistas.
"Eles são matadores, são homicidas, são assassinos. A tentativa de nos matar [MEK] duas vezes no ano passado. Então, eu tenho um sentimento pessoal sobre isso também. Eu acho que esse regime tem que sair", acrescentou Giuliani.
As declarações foram feitas a jornalistas depois de uma reunião do grupo opositor iraniano Mujahedeen-e-Khalq (MEK), realizada em Varsóvia, na Polônia. No passado, os EUA e a União Europeia (UE) já classificaram o MEK como uma organização terrorista.
Ainda segundo Giuliani, que já foi prefeito de Nova York é advogado de Trump em temas polêmicos, a sua posição é a mesma da Casa Branca sobre a necessidade de mudanças no Irã.
"A política do meu governo é para que haja mudanças políticas no Irã. Então, estamos muito firmes, nosso governo está firmemente na posição de que o Irã deve mudar imediatamente a opressão, a falta de lei, a opressão das mulheres e, é claro, a exportação do terrorismo, que é o maior patrocinador estatal. do terrorismo no mundo. Isso tem que mudar imediatamente. Essa é a posição do governo [dos EUA]", destacou.
O tom da fala de Giuliani é semelhante ao que ele já havia dito no ano passado, quando defendeu as sanções norte-americanas contra Teerã, em uma dor econômica que, segundo ele, poderia levar a uma "revolução bem-sucedida".
"Eu não sei quando vamos derrubá-los. Pode ser daqui a alguns dias, meses, um par de anos. Mas isso vai acontecer", garantiu o advogado de Trump, em comentários feitos em um hotel na Times Square, em Nova York.
O episódio é apenas mais um desencadeado por Trump e seus aliados desde a sua saída do acordo nuclear com Teerã e demais potenciais ocidentais, seguida de uma série de sanções econômicas re-impostas contra os persas. Já o Irã garante que sempre seguiu o acordo firmado em 2015, e que o criticado desenvolvimento de mísseis não integrava o documento.