O líder da Arábia Saudita, que é suspeito de ter envolvimento no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, visitará a China na próxima quinta e sexta-feira e se encontrará com o presidente chinês Xi Jinping e vice-primeiro-ministro Han Zheng.
A agenda buscará "promover o maior desenvolvimento das relações sino-sauditas" e "aprofundar a cooperação" na iniciativa da Rota da Sena, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang, em coletiva de imprensa.
A viagem acontece quando os sauditas, os maiores exportadores de de petróleo do mundo, buscam investir em projetos de refinaria e petroquímica para garantir compradores de longo prazo de seu petróleo.
O príncipe herdeiro visita o Paquistão no fim de semana — e os dois países devem assinar vários acordos.
Um deles deve ser o da construção de um complexo de petróleo e refino de US$ 10 bilhões no porto estratégico de Gwadar, no Paquistão, no Mar da Arábia.
Gwadar é um local-chave nos planos para o gigantesco corredor econômico China-Paquistão, uma coleção de projetos de infraestrutura vistos como vitais para a Rota da Seda.
A empreitada liderada pela China envolve investimentos no valor de US$ 60 bilhões em projetos em diversos países.
As viagens do príncipe herdeiro ocorrem no contexto da crise diplomática desencadeada pelo assassinato brutal na Turquia do jornalista saudita Khashoggi.
O herdeiro do reino do Golfo tenta se vender como um reformista dos costumes sauditas, mas o episódio envolvendo Khashoggi manchou sua empreitada.