Fugitivas de campos terroristas: bomba-relógio para a segurança europeia?

© REUTERS / Laura Lean / Shamima BegumIrmã da adolescente britânica Shamima Begum, segura uma foto de sua irmã apelando para ela voltar para casa, em Scotland Yard, Londres
Irmã da adolescente britânica Shamima Begum, segura uma foto de sua irmã apelando para ela voltar para casa, em Scotland Yard, Londres - Sputnik Brasil
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No contexto das preocupações de segurança relacionadas aos retornados jihadistas ao Reino Unido provenientes da Síria, bem como o caso de Shamima Begum, a agência Sputnik Internacional discutiu com Nick Griffin, ex-membro do Parlamento Europeu, o futuro que espera as garotas voltadas da Síria.

O caso de Shamima Begum, uma adolescente britânica de 19 anos que fugiu para a Síria para se casar com um combatente do Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia), e que está tentando voltar para casa depois de passar quatro anos com militantes, provocou controvérsia e preocupações de segurança na Grã-Bretanha.

O chefe do MI6 alertou que os britânicos que retornam da Síria são "potencialmente muito perigosos" e Nick Griffin destacou que mulher, que em entrevista deixou claro que respeita decapitação de prisioneiros de guerra indefesos, só pode ser caracterizada como uma "fanática impenitente do salafismo".

"Ela e quaisquer crianças que ela vai criar sempre representarão um perigo evidente e sério para as pessoas decentes em todos os lugares. Apesar disso, é inevitável que — depois de uma pequena oposição verbal do secretário de Segurança Interna para salvar a própria pele — ela seja novamente autorizada a regressar para a Grã-Bretanha por uma elite governamental e legal que há muito perdeu as convicções e a vontade de defender os genuínos interesses britânicos", disse Griffin a agência Sputnik Internacional.

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Parte da classe política britânica se opõe ao retorno de Begum ao país. Se for o caso, Griffin explicou que futuro espera Begum na Grã-Bretanha. Segundo o ex-parlamentar, ela receberá imediatamente um apartamento totalmente reformado às custas do contribuinte, além de todos os benefícios.

Ela será entrevistada por policiais respeitosos e assistentes sociais e poderá receber uma ordem simbólica de supervisão. A sanção mais grave que ela realmente pode cerceá-la na "branda Grã-Bretanha" seria ter seu acesso restrito à Internet.

"Dado que a posição oficial do Reino Unido por cerca de 7 anos tem sido fornecer ajuda e apoio de propaganda para os "rebeldes islâmicos moderados", que são aliados da al-Qaeda (sob o nome de al-Nusra na Síria), parece um pouco estranho para o MI6 começar a se preocupar com isso neste estágio", comentou Griffin sobre relatórios recentes de MI6 sobre o ressurgimento da Al-Qaeda.

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De acordo com ele "a destruição do Daesh (principalmente pela Síria, Rússia e Hezbollah, com a contribuição dos curdos) significa que a al-Qaeda vai recrutar pessoas e crescer novamente, representando um risco em potencial para os cidadãos na Grã-Bretanha, América e Europa Ocidental. Para ele, será o resultado da política perversa da elite governante de tentar usar fanáticos como armas da política externa global em lugares como o Afeganistão, Iraque, Líbia, Síria e Filipinas".

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