"Temos sido claros sobre sanções. Essas são as sanções do mundo e isso é algo […] que continuará a ser mantido até que tenhamos alcançado o resultado final da desnuclearização completa e finalmente confirmada", declarou a repórteres o porta-voz do Departamento de Estado, Robert Palladino.
Apesar das negociações muito elogiadas, parece que as sanções vão permanecer indefinidamente, como o próprio Trump confessou estar "sem pressa" para chegar a qualquer compromisso.
"Não há testes. Enquanto não houver testes, não tenho pressa. Se houver testes, esse é outro acordo", disse ele no Salão Oval na terça-feira. "Eu gostaria apenas de ver a desnuclearização da Coreia do Norte".
O líder norte-americano repetidamente elogiou a si mesmo por "evitar" uma guerra com Pyongyang, tudo graças a sua política de pressão máxima de sanções econômicas e isolamento diplomático, misturada com retórica e ameaças extremamente agressivas em relação à Coreia do Norte.
Depois de sua primeira reunião frente a frente em Singapura em junho passado, depois de uma histórica cúpula inter-coreana e das conversas de Kim com Xi Jinping na China, os líderes norte-americanos e norte-coreanos concordaram em trabalhar para a desnuclearização da península em troca do alívio de sanções e garantias de segurança.
Embora Pyongyang tenha parado de testar mísseis balísticos ou bombas nucleares, os americanos continuam insistindo que o programa nuclear do país deve ser totalmente desmantelado antes que eles cumpram sua parte do acordo.
Com o progresso estagnado desde a primeira cúpula, o representante especial dos EUA, Stephen Biegun, viajou para Hanói, no Vietnã, na terça-feira, tentando descobrir "resultados concretos" de última hora que podem ser apresentados à comunidade internacional como mais uma vitória exemplar de Trump na política estrangeira.
"Eu acho que a próxima semana vai ser muito emocionante", afirmou Trump, sem elaborar. "Eu acho que muitas coisas vão sair disso".