Nos últimos dias, os Estados Unidos vêm acumulando lotes de ajuda militar na fronteira venezuelana com a Colômbia, mas o presidente Nicolás Maduro não tem permitido a entrada desses carregamentos, alegando que essa seria na verdade uma manobra norte-americana para promover uma invasão com a consequente derrubada de seu governo. Washington, por sua vez, nega tais acusações, embora já tenha afirmado que todas as opções estão sobre a mesa no que se refere à possibilidade de mudança de poder em Caracas.
Por enquanto, o atual presidente venezuelano vem mantendo seu controle de fato sobre o país graças ao apoio das Forças Armadas. Estas, no entanto, também vêm sendo pressionadas para mudar de lado, se aliando a Guaidó. Além do exército, o governo Maduro também conta com o apoio de potências estrangeiras como China e Rússia.
"A Venezuela tem todas as capacidades para garantir a paz. E nós temos todas as capacidades para garantir que nenhuma agressão ocorra. Não precisamos de apoio militar porque estamos totalmente preparados para garantir a paz para o nosso povo", disse Yvan Gil Pinto ao ser questionado se Caracas pediria algum tipo de assistência militar a Moscou.
De acordo com o vice-chanceler, a alta cúpula política e militar do país está observando com muita atenção cada detalhe da atual situação e, caso alguma ameaça ocorra ao longo da fronteira colombiana, a Venezuela saberá tomar as medidas adequadas.