Segundo a pesquisa, publicada na revista Lancet Infectious Diseases, o número de pessoas infectadas com malária aumentou 359% (entre 2000 e 2015), e, em 2017, o número de pacientes correspondeu a 411,5 mil, ou seja, 71% a mais do que no ano anterior, que correspondeu a 240,6 mil.
Países vizinhos, especialmente o Brasil, também relataram uma tendência crescente de importação de casos de malária da Venezuela: de 1.538 casos em 2014 para 3.129 em 2017.
Há também relatos de aumento acentuado de infecções por tripanossomíase americana (doença de Chagas), com até 12,5% da população em algumas localidades sofrendo desta doença na fase ativa. Em 1998, a doença tropical transmitida pelo protozoário Trypanosoma cruzi foi praticamente eliminada. Houve também surtos de zika e chikungunya.
"O ressurgimento de muitas doenças transmitidas por vetores reflete a crise de saúde na Venezuela e prejudica seriamente os esforços para erradicar essas doenças na região. As autoridades nacionais, regionais e globais devem responder ao agravamento da situação da epidemia e evitar que ela se espalhe para além da Venezuela", disseram os autores do estudo.
EUA e vários países anunciaram o reconhecimento de Guaidó e exigiram do presidente venezuelano Nicolás Maduro, cuja reeleição foi considerada ilegítima por aqueles, que impeça o uso da força contra a oposição. Maduro declarou-se presidente constitucional, enquanto classificou o chefe da oposição como "fantoche dos EUA". Já a Rússia, China e outros países apoiam Maduro como presidente legítimo da Venezuela.