Se nossa galáxia tem bilhões de anos e os humanos levaram apenas algumas décadas para visitar a Lua e lançar estações espaciais, podemos presumir que uma nave espacial extraterrestre tem grandes possibilidades de pousar no gramado da Casa Branca.
Novas análises realizadas pela equipe liderada por Adam Frank da Universidade de Astrofísica de Rochester sugerem uma solução diferente para um antigo paradoxo, segundo o portal Popular Science.
Frank e seus colegas exploraram o meio-termo que pode existir entre uma galáxia deserta e outra muito povoada, onde algumas civilizações podem obter sucesso em uma missão multi-estelar, mas sem qualquer estabilização espacial e temporal na Via Láctea.
Os astrônomos iniciaram a busca de outras civilizações por meio de sinais tecnológicos (conhecidos como technosignature), mas foram desencorajados por um longo silêncio. Porém, o que mantém o otimismo é um argumento elaborado em 1975.
Os académicos têm tentado resolver este quebra-cabeça, conhecido como Paradoxo de Fermi, com explicações que vão desde a humanidade estar colocada em uma espécie de reserva, enquanto outros esperam em hibernação por um universo que vai resfriar melhor seus computadores.
Muitas dessas soluções se baseiam em suposições quanto ao comportamento dos extraterrestres, o que Frank não considera adequado.
Em vez disso, Frank e os seus colaboradores construíram um modelo mais abrangente, numa tentativa de separar a ficção da ciência e responder à pergunta: De todas as galáxias possíveis em que poderíamos viver, que tipos são consistentes com o Fato A?
A expansão para outras estrelas pode estender a vida útil de uma civilização. Porém, mesmo que isso dure milhões de anos, em algum momento certamente aconteceria alguma catástrofe.
Os autores das pesquisas também acreditam que a análise dessas teorias reforçam o otimismo sobre a existência de vida tecnológica em nossa galáxia, ressaltando que a comunidade de astrônomos deveria ficar atenta e procurá-la.
Frank aproveitou para destacar a explosão dos sistemas planetários conhecidos, com aproximadamente 4.000 exoplanetas descobertos desde 1992, esperando que os pesquisadores desenvolvam a capacidade de estudar detalhadamente esses mundos.