Em entrevista à rede Telesur na quarta-feira (28), Padrino López confirmou que 109 guardas foram expulsos das Forças Armadas venezuelanas (FANB) após se considerarem desertores e cruzarem a fronteira com a Colômbia.
O presidente venezuelano Nicolás Maduro ordenou que as autoridades tomassem medidas disciplinares e judiciais contra esses soldados, já que não podem ser militares "os que infamemente ultrajam o patriotismo e o amor à Pátria", disse ele.
"Os que passaram a fronteira são jovens enganados e não nos fazem nenhuma mossa, para nós eles nunca foram soldados. Um soldado nunca se tornará mercenário, porque tem códigos internos, princípios, valores e patriotismo", declarou Padrino López.
Anteriormente, o embaixador venezuelano na ONU, Samuel Moncada, chamou de absurdos os números de militares venezuelanos que teriam alegadamente desertado. O diretor de Migração da Colômbia Christian Kruger declarou antes que o número de militares que atravessaram a fronteira com a Colômbia ultrapassou 320 pessoas. Segundo o portal Analitica, são 567 soldados.
Desde 21 de janeiro, a Venezuela vive um clima de grande tensão, com protestos antigovernamentais. No dia 23 de janeiro, o líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, se declarou presidente interino do país. Tal ação foi qualificada por Maduro como tentativa de golpe de Estado orquestrada por Washington.
Os EUA e aproximadamente 50 países, inclusive o Brasil, reconheceram Guaidó como presidente da Venezuela. A Rússia, a China, Cuba, o México e outros países apoiam a permanência de Maduro.