Premiê: Moscou está monitorando negociações para intervenção militar dos EUA na Venezuela

© Sputnik / Alejandro Martinez Velez / Acessar o banco de imagensManifestantes nas ruas de Madri apoiando o presidente legítimo da Venezuela, Nicolás Maduro
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A Rússia quer a paz na Venezuela e apoia os esforços para promover o diálogo entre o governo e a oposição em meio à crise política no país latino-americano, disse o primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev.

"A Rússia se opõe a toda e qualquer interferência nos assuntos internos de outros países. Na Venezuela, apoiamos esforços — incluindo aqueles de representantes da região — para fomentar o diálogo entre o governo e a oposição. Continuamos a fazê-lo agora… A Rússia quer alcançar a paz na Venezuela e só pode ser alcançada através de um diálogo respeitoso e inclusivo", disse Medvedev em uma entrevista ao jornal búlgaro Trud.

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O primeiro-ministro acrescentou que "todos os que se importam com o futuro pacífico da Venezuela devem se esforçar para promover o diálogo".

Ele também expressou a crença de que "o aumento na intensidade da paixão política" nunca fez nenhum bem para o povo. O primeiro-ministro russo acrescentou que seu país estava muito preocupado com as declarações de Washington sobre a possibilidade de intervenção militar na Venezuela.

"Declarações são emitidas por Washington sobre a possibilidade de intervenção militar. Há provocações nas fronteiras. Tudo isso é muito alarmante e sugere que a política de derrubar qualquer governo indesejável no espírito da Doutrina Monroe está mais uma vez se tornando uma prioridade para o governo dos Estados Unidos", disse Medvedev, conclamando os "amigos sul-americanos" da Rússia a tomar nota dessa mudança na política externa americana.

As tensões na Venezuela aumentaram no mês passado, quando o líder da oposição, Juan Guaidó, apoiado pelos EUA, declarou-se presidente interino. Os EUA imediatamente reconheceram Guaidó, apreenderam bilhões de dólares em ativos de petróleo do país e ameaçaram usar uma ação militar contra o governo do atual presidente Nicolás Maduro.

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Maduro acusa Guaidó de conspirar com os Estados Unidos para derrubar o governo legítimo do país. Rússia, China, Cuba, Bolívia são alguns dos países que reafirmaram apoio a Maduro como o único presidente legítimo da Venezuela.

Não há confronto global entre EUA e Rússia, diz premiê

Medvedev também disse em entrevista ao jornal búlgaro Trud que não há confronto global entre a Rússia e os Estados Unidos, mesmo diante das atuais tensões.

"A tensão em torno da Venezuela não é sobre o confronto global entre a Rússia e os Estados Unidos. E, de fato, o confronto global já se foi, mesmo com todas as dificuldades atuais em nossas relações com os Estados Unidos", argumentou Medvedev.

Ele criticou os clichês da "Guerra Fria" como "enganosos".

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"Eles apenas desviam a atenção da essência do que está acontecendo na Venezuela e, naturalmente, do papel que está sendo desempenhado nesses eventos pelos EUA e vários países da Europa e da América do Sul seguindo o seu rastro", disse Medvedev.

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