Segundo o artigo do especialista Charlie Gao, publicado na revista The National Interest, quando em 2015 na mídia surgiram as primeiras notícias contendo informação acerca do torpedo não tripulado Poseidon (conhecido também como Status-6), ele apanhou o mundo de surpresa.
Entretanto, as revelações recentes de especialistas militares mostraram que o desenvolvimento de algumas partes do Poseidon começou em 1989 e continuou no início da década 1990.
A teoria se baseia no índice GRAU do torpedo (sistema de codificação para armas desenvolvido na União Soviética): 2M39. Usando esse índice é possível encontrar nos arquivos informação sobre as encomendas públicas ligadas ao projeto, revelando a história do projeto pouco a pouco.
A revelação mais importante é que o reator para o Poseidon estava sendo desenvolvido em 1992, na época da presidência do Boris Yeltsin, apesar da suposta fidelidade de Yeltsin aos princípios do desarmamento. As encomendas para o reator do Poseidon foram confirmadas em junho de 1992, apesar de o então presidente russo prometer eliminar um terço das armas nucleares táticas de baseamento marítimo em janeiro do mesmo ano.
Em 1º de março de 2018, o drone submarino russo, entre outras novíssimas armas russas, foi apresentado por Vladimir Putin em seu discurso à Assembleia Federal.
O drone que recebeu o nome Poseidon se encontra em estado de testes finais. Na sua essência, trata-se de um torpedo submarino capaz de navegar a distâncias de até 10.000 quilômetros a velocidades entre 60 e 70 nós (de 110 a 130 km/h) graças a um mecanismo de propulsão nuclear e com capacidade de destruir portos e cidades costeiras. Também pode causar cataclismos naturais, incluindo enormes tsunamis.