Trata-se de uma galáxia ultra-difusa (UDG) solitária e estranha chamada de DGSAT I. Foi pela primeira vez descoberta no espaço profundo em 2016. Segundo os investigadores, é muito semelhante a uma galáxia típica, mas a quantidade de sua luz emitida é surpreendentemente baixa, em comparação com as galáxias "normais". Esta galáxia, descrita como um "fóssil vivo" pelo portal Live Science, poderia dissipar alguns pressupostos das UDG.
"Parecia que tinhamos uma imagem relativamente ordenada das origens das galáxias, das espirais até às elípticas e das gigantes a anãs", disse o autor principal do estudo sobre a DGSAT I, Ignacio Martin-Navarro, em um comunicado.
"No entanto, a recente descoberta das UDG gerou novas questões sobre o quão completa é essa imagem", adicionou.
DGSAT I (left) is an ultra-diffuse galaxy that doesn’t have a lot of stars like normal spiral galaxies (right). Credit: A. Romanowsky/UCO/D. Martinez-Delgado/ARI
— KingStar (@kingstarbd) 8 de março de 2019
Far out in the… https://t.co/QbZzcpZ6L9
A DGSAT I (à esquerda) é uma galáxia ultra-difusa que não tem muitas estrelas como as galáxias espirais comuns (à direita)
A composição química
Visto que a DGSAT I é considerada uma versão rara de uma UDG, é provável que forneça uma ideia mais clara sobre o Universo inicial. Os pesquisadores enfatizaram que "não tem havido muita atividade ao seu redor que possa contaminar sua composição e evolução".
A composição química da DGSAT I surpreendeu os pesquisadores também devido à falta de ferro e ao que é descrito como uma quantidade normal de magnésio. Quando as supernovas morrem, elas liberam ambos os metais, então a falta de ferro é desconcertante.
Os pesquisadores planejam analisar no futuro outras UDG, semelhantes à DGSAT I, para entender melhor como era o Universo na fase de sua formação.