"A empresa estatal russa Rosneft continua comprando petróleo bruto da [petrolífera estatal venezuelana] PDVSA […] violando as sanções dos EUA. O presidente da Rosneft, Igor Sechin, continua estendendo uma boia de salvação ao regime", disse o secretário de Estado a repórteres.
Pompeo também acusou empresas russas de "comprarem reservas de ouro" da Venezuela.
"As empresas russas continuam tentando ajudar o regime do [presidente da Venezuela, Nicolás] Maduro, transformando as reservas de ouro do país em dinheiro."
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o jornalista e especialista em ciências políticas Yevgeny Ben comentou a situação.
"O cinismo americano ultrapassou todos os limites concebíveis. Note que Washington não esconde o fato de que está pressionando para haver um golpe de Estado na Venezuela. Os EUA tomaram uma série de decisões sobre a possibilidade de interferir na vida internacional, inclusive por meio da força", afirmou o jornalista.
Para Ben, Washington tenta pressionar as companhias russas, indicando com quem elas devem negociar e como devem construir sua vida empresarial.
"Nesta situação, o regime de sanções parece uma completa e aberta hipocrisia. Estranho seria se, nestas condições de duplicidade de critérios em tudo, ouvíssemos a opinião dos EUA. É necessário compreender que os regimes de sanções são um dos aspectos mais importantes da vida dos EUA nos últimos cinco anos. Isto é orgânico e natural para eles. Mas esta é uma doença deles, não a nossa. Isso é um problema deles", acrescenta.
O embaixador da Rússia na Venezuela, Vladimir Zayemsky, disse anteriormente que Moscou reagirá às tentativas de privar as empresas russas dos investimentos na Venezuela, afirmando que todos os projetos de investimento russos foram aprovados e cumprem a legislação venezuelana e as normas internacionais.