"A Venezuela decidiu não conceder uma nova prorrogação para a permanência dos agentes diplomáticos norte-americanos ainda presentes no país, razão pela qual, em 11 de março de 2019, ao governo dos EUA foi requerida a saída do território nacional do pessoal remanescente […] dentro das próximas 72 horas", disse o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela em comunicado.
O chanceler venezuelano Jorge Arreaza, publicou a declaração em sua página no Twitter.
O prazo para a saída dos funcionários americanos começou à meia-noite do dia 12 de março, informa o texto, onde está escrito que os diplomatas norte-americanos na Venezuela comprometem a estabilidade e a paz da nação bolivariana.
"A permanência desse pessoal em território venezuelano implica riscos para a paz, integridade e estabilidade do país, como tem sido insinuado em numerosas ocasiões por diferentes porta-vozes ao mais alto nível da administração [do presidente americano, Donald] Trump, que têm ameaçado com o uso da força militar como pretexto para proteger seu pessoal diplomático em Caracas", acrescenta.
Mais cedo, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, anunciou que a presença dos diplomatas no país latino-americano se tornou "uma restrição à política norte-americana", informando que retiraria todos os seus funcionários restantes da Venezuela durante a semana.
As tensões na Venezuela aumentaram no dia 23 de janeiro, quando o líder oposicionista Juan Guaidó, apoiado pelos EUA, declarou ser o presidente interino do país. Washington reconheceu imediatamente Guaidó e confiscou bilhões de dólares em ativos venezuelanos. Ao mesmo tempo, Rússia, China, Turquia e alguns outros países confirmaram seu apoio ao governo do presidente Nicolás Maduro.