Segundo a edição, geralmente os pilotos devem se treitar por muitas horas em simuladores caríssimos, que imitam o voo e ensinam as novas funções.
A mídia afirmou que os sindicatos de pilotos exigiram várias vezes que a Southwest Airines e a American Airines criassem simuladores para o modelo Max, mas as companhias e as autoridades americanas decidiram que os pilotos não precisavam de preparação adicional e que seria suficiente informá-los sobre o funcionamento do novo software ou o surgimento de problemas.
"Eles estavam construindo o avião, continuando a projetá-lo. Os dados para criação do simulador ficaram disponíveis apenas quando o avião já estava pronto para voar", declarou o chefe da associação de pilotos da Southwest Airlines, Greg Bowen.
Os representantes da Boeing prometeram consertar o sistema no prazo de algumas semanas, sem preparação adicional dos pilotos. Após o acidente com o avião da Lion Air veio à tona que o MCAS pode ser acionado sem razão aparente, baseando-se nas indicações incorretas dos sensores, ressaltou New York Times.
O primeiro acidente aéreo com a participação de um Boeing 737 MAX 8 aconteceu em outubro de 2018, quando um avião da companhia aérea indonésia Lion Air mergulhou no mar de Java pouco depois da decolagem, matando 189 pessoas. A causa da catástrofe teria sido o funcionamento incorreto do sensor de velocidade da aeronave.
Em razão das recentes catástrofes, a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (AESA) suspendeu todos os voos dos Boeing 737 MAX na Europa. Após a União Europeia, também o Brasil, o México, a Rússia, a China e vários outros países decidiram banir temporariamente os voos de aeronaves desse modelo.