A Agência de Segurança de Israel (Shabak) suspeita a inteligência iraniana de ter hackeado o celular de Benny Gantz, ex-chefe do Estado-Maior e adversário de Netanyahu, informou um canal de TV israelense.
Benny Gantz declarou que seu celular não continha documentos secretos que o Irã pudesse usar contra a segurança de Isarel.
Em entrevista à Sputnik Persa, o analista israelense em relações internacionais e segurança do Instituto de Pesquisas de Segurança Nacional (INSS), Simon Tsipis, confirmou esse fato e revelou que o celular foi hackeado muito antes de ter sido anunciado pela mídia.
"É verdade, o celular de Benny Gantz foi hackeado. Entretanto, é de assinalar que todos os celulares, computadores e outros meios de comunicação de pessoas como o chefe do Estado-Maior e candidato a primeiro-ministro, como Benny Gantz, bem como dos políticos que ocupam cargos públicos ou concorrem a eleições são supervisionados pela divisão do Shabak de controlo de comunicações eletrônicas dos funcionários do governo. Benny Gantz foi avisado reiteradamente que é proibido guardar informações confidenciais em seu celular pessoal", afirmou Tsipis.
Ele sublinhou que Israel é um dos Estados mais avançados em matéria de cibersegurança. Um pirata informático tem que hackear um sistema de segurança de dois níveis para obter acesso aos dados do celular.
"Hoje quase qualquer país tem capacidades para realizar ciberataques desse tipo. Esse ataque não foi efetuado por hackers iranianos. Atualmente, esse tipo de ataques é encomendado a especialistas altamente qualificados. Portanto, o celular do Benny Gantz foi infiltrado por especialistas a pedido do governo iraniano", explicou o analista.