O líder iraniano disse que ordenou que os ministérios das Relações Exteriores e da Justiça "apresentassem uma ação judicial nos tribunais iranianos contra aqueles que projetaram e impuseram sanções ao Irã".
Descrevendo as sanções impostas unilateralmente como um "crime contra a humanidade", Rouhani declarou que, se os tribunais iranianos acreditam que há um caso forte contra Washington, Teerã tentaria, então, o desafio legal nos tribunais internacionais de justiça. Ele afirmou que os Estados Unidos estão buscando "voltar ao Irã e governar a nação novamente".
Apesar de arrastar o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, perante um tribunal iraniano seja improvável, Teerã teve sucesso no passado argumentando contra as sanções dos EUA no cenário internacional. Em outubro, a Corte Internacional de Justiça (TIJ) ordenou que os Estados Unidos garantissem que suas sanções não visassem a ajuda humanitária ou a segurança da aviação civil.
Washington impôs sanções a Teerã depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu em maio abandonar o acordo nuclear de 2015 com o Irã. A decisão de Trump de desistir do acordo — que foi negociado com outras cinco potências mundiais — tem dificultado as relações entre Washington e seus aliados europeus, que agora estão tentando evitar as sanções impostas pelos Estados Unidos.
Em fevereiro, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou que, apesar da retirada dos EUA do acordo de 2015, o Irã ainda estava em total conformidade com seus compromissos com a não-proliferação.
O Irã ridicularizou o objetivo declarado de Washington de reduzir as exportações de petróleo do país para "zero", e alertou repetidamente que está preparado para tomar medidas militares para proteger seus petroleiros da interferência dos EUA.