O documento, de 28 de março de 2019, frisa que Washington há muito tempo mantém uma política de "ambiguidade construtiva", que "dissuadiu os potenciais adversários de coação ou de agressão nuclear desde o início da era nuclear".
"A política de 'não ser o primeiro' [a utilizar armas nucleares] minaria a dissuasão ampliada dos EUA e prejudicaria a saúde de nossos aliados, já que poria em dúvida a garantia de que os Estados Unidos defenderiam seus aliados em circunstâncias extremas", afirmou Trachtenberg.
Ao mesmo tempo, Trachtenberg indicou que a incerteza sobre a garantia de segurança poderia fazer com que os sócios dos EUA comecem a desenvolver próprias armas nucleares para proteção.
O Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF), assinado em 1987 entre os EUA e a URSS, foi um dos pilares do moderno regime de supervisão e controle sobre a não proliferação das armas nucleares. Os EUA suspenderam suas obrigações no âmbito do tratado no dia 2 de fevereiro, ao acusarem a Rússia de violá-lo. No dia 3 de março, o presidente russo, Vladimir Putin, assinou o decreto para a suspensão do Tratado INF.