Nomeada de "Hera", deusa da mitologia grega, a missão de defesa planetária visitaria o asteroide 65803 Didymos, de 780 metros de largura, e seu pequeno satélite de 160 metros, denominado Didymoon.
Atualmente, as missões no espaço profundo são geralmente realizadas através de controladores na Terra, que enviam comandos de navegação, contudo, a Hera contará com um sistema de navegação automático, o que permitirá uma condução autônoma em tempo real, ao invés de esperar vários minutos para receber um sinal de comando enviado da Terra.
"Se você pensa que os carros autônomos são o futuro na Terra, então a Hera é a pioneira da autonomia no espaço profundo", afirma Paolo Martino, engenheiro chefe dos sistemas da missão Hera, em sua declaração.
Ter um sistema de navegação autônomo habilitará a nave espacial a voar mais próximo tanto do Didymos quanto do Didymoon, o que permitirá captar melhores imagens de alta resolução de suas superfícies, segundo a Agência Espacial Europeia (ESA).
Além disso, a sonda Hera receberá informações de sensores, câmeras e lasers "para construir um modelo coerente do seu entorno", diz Jesus Gil Fernandez, engenheiro da ESA.
Vale ressaltar, que a Hera faz parte da missão Asteroid Impact and Deflection Assessment (AIDA), uma missão espacial proposta em conjunto pela NASA e ESA, que tem como objetivo estudar os efeitos de fazer colidir uma nave espacial contra o asteroide, segundo o portal Space.com.
Com isso, a ideia é que no futuro sondas orbitais sejam capazes de conduzir a própria navegação pelo espaço e ao redor dos objetos de interesse e possibilitem uma maior quantidade de missões exploratórias a custos relativamente baixos.