Rússia deve 'sair do caminho' em caso de intervenção na Venezuela, diz diplomata dos EUA

© AP Photo / Manuel Balce Ceneta Elliott Abrams
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O representante especial dos EUA para a Venezuela, Elliott Abrams, está em Portugal para pedir maior cooperação do país europeu nos esforços contra o presidente Nicolás Maduro e falou sobre a situação de Caracas.

Em entrevista ao jornal Observador, Abrams disse que deve haver um "maior sentido de urgência" para lidar com a questão da Venezuela em países como Portugal e Espanha.

O representante dos EUA reuniu-se com o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva. 

"O objetivo é discutir como nós, os EUA e Portugal, vemos a situação na Venezuela, o que podemos fazer para sermos mais eficazes nos esforços para o regresso da democracia no país, o que Portugal acha de mais ações por parte da União Europeia e o que os EUA têm planeado para as próximas semanas e meses", disse Abrams.

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Sobre a "opção militar" que o presidente dos EUA, Donald Trump, já disse estar na mesa contra a Venezuela, Abrams ressaltou que essa hipótese "é verdade". 

"Ninguém quer uma solução militar aqui. Presumo que ninguém o queira, dentro e fora da Venezuela. Mas essa opção existe. Não me parece que qualquer um de nós saiba ao certo qual será a situação da Venezuela, na região e nas suas fronteiras, daqui a três meses. Não conseguimos prever o futuro", disse Abrams ao jornal Observador.

Falando sobre a presença militar russa na Venezuela, Abrams também afirmou:

"Os russos têm por volta de 100 homens no terreno. Diria que, se a situação chegasse [a um conflito armado], é melhor que saiam do caminho."

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Vários países ocidentais, liderados pelos EUA, anunciaram o reconhecimento de Guaidó como presidente. Rússia, China, Turquia e outras nações apoiam Maduro como único presidente legítimo.

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