"O que a Rússia e a China fizeram para impedir o Conselho de Segurança" em relação a Cuba "agora fazem isso com o regime [do presidente venezuelano Nicolás] Maduro", afirmou o vice-presidente ao falar diante desse órgão do fórum mundial.
Pence acrescentou que "a ONU foi criada para tornar possível a independência e a liberdade de todos os seus membros", e destacou que "durante seis anos, a população da Venezuela sofreu sob a mão da opressão".
O Conselho de Segurança da ONU, convocado pelos EUA, está realizando sua terceira reunião nesta quarta-feira até o momento este ano para analisar a crise na Venezuela.
A reunião contará com a presença do secretário-geral do Fórum Mundial, Antonio Guterres, e do subsecretário-geral Adjunto para os Assuntos Humanitários, Mark Lowcock.
A crise na Venezuela se agravou a partir de 5 de janeiro, quando o deputado Juan Guaidó foi eleito presidente da Assembleia Nacional. Em 23 de janeiro, dois dias depois de o Supremo Tribunal ter anulado sua nomeação, o legislador proclamou-se "presidente encarregado" do país, recorrendo a um artigo da Constituição que prevê a figura no caso de haver um vácuo de poder, mas não sob o argumento de "usurpação de ofício", como ele afirmou.
O presidente Nicolás Maduro, que assumiu seu segundo mandato em 10 de janeiro, chamou a declaração de Guaidó de uma tentativa de golpe e culpou os EUA por orquestrá-la.
Guaidó foi imediatamente reconhecido pelos EUA, ao qual aderiram cerca de 50 países – incluindo o Brasil.
Rússia, China, Cuba, Bolívia, Irã e Turquia, entre outras nações, continuam apoiando o governo de Maduro.
México e Uruguai se recusaram a reconhecer Guaidó, declararam-se neutros e propuseram um diálogo entre as partes para superar a crise.