Em 6 de abril a mídia informou que a Administração Trump suspendeu a venda de F-16V para Taiwan até concluir um acordo comercial com a China. Analistas explicam o que está por trás dessa decisão e como ela poderia influir nas negociações entre os dois países.
"Ainda é demasiado cedo para falar se se trata de uma rotina burocrática ou se a Administração Trump decidiu realmente ‘trocar’ a desistência de fornecimentos militares a Taiwan pelo consentimento de Pequim em aceitar certas condições do acordo comercial vantajosas para os americanos", explicou o vice-diretor do Instituto de Países da Ásia e África da Universidade Estatal de Moscou, Andrei Karneev, à Sputnik China.
É de assinalar que em março a agência Bloomberg já informou que o pedido de Taiwan já foi aprovado em princípio. O mais provável é que as informações contraditórias sobre a venda dos caças estejam ligadas às negociações comerciais entre a China e os EUA. Washington está tentando receber o máximo de concessões da China e continua usando a questão taiwanesa como um meio de pressão sobre a China.
Entretanto, para o especialista do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Nanquim, Zhu Feng, a decisão dos EUA sobre esse assunto não influencia as negociações comerciais sino-americanas.
A entrega de caças F-16 a Taiwan significaria que os EUA pretendem continuar a participar ativamente na modernização da Força Aérea taiwanesa, e isso é certamente um passo sério para fortalecer a parceria militar entre Washington e Taipei. A última venda de um lote de 150 caças F-16 a Taiwan foi aprovada nos EUA em 1992.
O representante do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, declarou que a China tem uma postura consequente e firme contra à venda de armas dos EUA para Taiwan. Pequim tem repetidamente enfatizado que os EUA deveriam reconhecer a sensibilidade dessa questão, o que complica seriamente as relações sino-americanas.