"O que encontrei lá foi simplesmente incrível. Eu não podia acreditar que havia todas essas evidências do Êxodo e quase ninguém fora dessa região estava ciente disso", disse ao Daily Star o cineasta Ryan Mauro, da DTRF, que realizou três viagens à Arábia Saudita — local considerado por ele como parte da rota de Moisés.
Como explica a edição, o Livro do Êxodo fornece um relato da partida dos judeus da escravidão no Egito e de sua jornada pelo deserto.
A localização do monte Sinai bíblico é tradicionalmente associada com a península do Sinai, no Egito. Perto da montanha, foi construído o Mosteiro de Santa Catarina sobre o que tradicionalmente se acredita ser o local onde Deus se revelou pela primeira vez a Moisés.
No entanto, o cineasta acredita que o verdadeiro monte Sinai está localizado a mais de 160 quilômetros a leste do golfo de Aqaba, que separa a península do Sinai do país saudita.
"Depois de três viagens à Arábia Saudita, estou plenamente convencido de que os judeus entraram na antiga terra de Midiã quando fugiram da escravidão no Egito", afirmou Mauro, acrescentando que há provas de que Moisés conduziu seu povo através do golfo de Aqaba, a leste da península do Sinai, onde a travessia teria apenas cerca de 12 quilômetros de largura com uma profundidade superficial de apenas 33 metros.
"Vai levar algum tempo para trazer essa teoria alternativa para a historiografia tradicional, mas acredito que nosso trabalho vai mudar seriamente o cenário sobre esse assunto", argumentou.
O produtor de cinema pede aos céticos em relação ao Êxodo que mantenham "mente aberta sobre o assunto", e afirma haver uma "razão pela qual esta tradição tem sido transmitida nas três principais religiões mundiais, o Cristianismo, o Judaísmo e o Islamismo".
A fundação também lançou um documentário intitulado ‘Encontrando a Montanha de Moisés', que citou uma "evidência arqueológica inegável" de sua suposta localização na Arábia Saudita.
"Não acreditamos necessariamente nas mesmas divindades que os antigos egípcios, babilônios e assírios, mas ainda aceitamos a evidência de que esses povos existiram e que houve grandes eventos durante suas respectivas existências […] Os relatos do Êxodo não são diferentes, e agora temos provas reais e físicas de que estes eventos aconteceram", conclui o cineasta.