Mais de 20 países reduziram seu comércio de petróleo com o Irã a zero desde maio passado, disse Brian Hook, representante especial dos EUA em uma entrevista coletiva nesta terça-feira.
"Não há evidências de que algum desses países esteja pensando em escapar das sanções americanas", disse ele.
Ao mesmo tempo, Hook prometeu que os EUA ajudarão o Iraque a aumentar sua produção de petróleo, de modo que a Turquia e outros países importadores permaneçam bem supridos depois que Washington acabar com as dispensas de sanções do Irã.
"Temos trabalhado em importantes aberturas diplomáticas e ajudado o lado técnico do Iraque a aumentar sua produção, e estamos muito satisfeitos em ver volumes significativos de petróleo iraquiano sendo importados agora para a Turquia", disse Hook. "Essas aberturas continuarão para que a Turquia, assim como todos os países importadores, consigam obter o petróleo necessário para continuar a desenvolver suas economias".
As renúncias, que não serão reeditadas depois de expirarem em maio, como Trump anunciou segunda-feira, foram emitidas a oito países em novembro de 2018, incluindo China, Japão, Índia, Itália, Grécia, Coreia do Sul, Taiwan e Turquia. No entanto, a Grécia, a Itália e Taiwan decidiram interromper as importações de petróleo iraniano mesmo sem precisar fazê-lo.
Comentando a decisão, Washington anunciou que os EUA, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos (EAU) garantiriam que o mercado global de petróleo continuará sendo "adequadamente suprido".
O anúncio atraiu objeções rápidas da Turquia e China, que estavam entre os países que anteriormente receberam tais renúncias. O ministro das Relações Exteriores turco, Mevlut Cavusoglu, criticou a decisão dos EUA em um post no Twitter, dizendo que seu país rejeita sanções unilaterais e tentativas dos EUA de impor regras sobre as relações da Turquia com seus vizinhos.