Pyongyang é "pouco afetada" pelas restrições econômicas impostas pela ONU para enfrentar suas atividades nucleares, disse à agência de notícias Yonhap nesta sexta-feira a ministra norte-coreana de Assuntos Econômicos Externos, Kim Yong-jae.
A Coreia do Norte enfrentou repercussão internacional quando se retirou do Tratado de Não-Proliferação Nuclear em 2003 e depois realizou uma série de testes nucleares e lançamentos de mísseis balísticos.
Uma série de resoluções do Conselho de Segurança da ONU, entre outras coisas, proibiu o comércio de armas com Pyongyang e impôs restrições às exportações e importações.
A funcionária afirmou que as sanções "não incomodam" as autoridades em Pyongyang e que a produção nacional de energia e eletricidade aumentou desde o ano passado.
"Deixe-os impor sanções, por 100 ou mil anos, se quiserem - não podemos nos importar menos e somos pouco afetados por eles", declarou.
A ministra também criticou a abordagem de Washington ao programa nuclear da Coreia do Norte, indicando que as autoridades dos EUA deveriam revisar sua estratégia.
"Essas pessoas não devem fazer as coisas do jeito que estão fazendo agora, e precisam mudar o rumo delas", prosseguiu.
O arsenal nuclear de Pyongyang também ficou em evidência durante a cúpula de Kim com o presidente estadunidense Donald Trump, em fevereiro, em Hanói, que terminou com os dois líderes abandonando as negociações antes do previsto.
Autoridades norte-coreanas revelaram mais tarde que uma das razões era a posição linha-dura de Washington sobre a questão das sanções, acusando a equipe de Trump de uma "abordagem de gângster".