Uma investigação da inspeção-geral do Pentágono esclareceu alegações envolvendo o secretário interino de Defesa dos EUA, Patrick Shanahan, que teria em reuniões privadas falado mal da Lockheed Martin, produtora do caça multifuncional F-35, em promoção da Boeing, o que seria violação de seu acordo de ética.
Uma das denúncias se referia a uma reportagem do portal Politico, publicada em janeiro, de que Shanahan criticou a produção de F-35 em varias reuniões, e, segundo um ex-funcionário de alto escalão do Pentágono, Patrick Shanahan teria dito que o caça estava "f**ido".
"Shanahan nos disse que ele não afirmou que a aeronave F-35 estava 'f*dida'. Ele nos disse que a aeronave F-35 é 'maravilhosa'. O senhor Shanahan nos disse que o programa do F-35 estava 'f**ido'", afirma o relatório, apontando que a crítica se referia à realização do programa.
Shanahan salientou as insuficientes reservas de peças de reposição, a lenta baixa dos custos por uma hora de voo, o fraco apoio logístico para manter os caças e os baixos níveis de capacidade de missão.
A investigação determinou que os comentários de Shanahan sobre os rivais da Boeing "foram feitos para apontar as responsabilidades das contratadoras e poupar dinheiro governamental em conformidade com os deveres de um secretário de Defesa, e não tinham como alvo desvalorizar nenhuma companhia ou indivíduo, nem promover a Boeing".
De acordo com relatório do Escritório de Contabilidade do Congresso (GAO), caças F-35 foram incapazes de voar 30% do período entre maio e novembro de 2018 por carência de peças de reposição.