No entanto, o senador não excluiu a possibilidade de haver provocações de Washington para intervir nos assuntos internos de Caracas.
"O reconhecimento por Juan Guaidó, líder da oposição venezuelana, do fracasso de suas tentativas de obter apoio dos militares confirma a conclusão de que o exército venezuelano ainda é leal ao presidente do país, Nicolás Maduro. Entretanto, a sua disposição de considerar a proposta dos EUA de uma intervenção militar dissipa definitivamente as dúvidas sobre em cujos interesses ele age", declarou o parlamentar.
"Outra questão é que, neste caso, os Estados Unidos terão que desempenhar o papel desagradável de um invasor assumido e um agressor de fato, e não de um instigador e mentor, como tem sido. E é pouco provável que o fato de Guaidó chegar ao poder apoiado nas baionetas americanas, se considerarmos isso pelo menos teoricamente, aumente sua popularidade e legitimidade tanto no país como no mundo", acrescentou.
Portanto, agora o senador acredita que Washington pensará profundamente sobre se deve usar a força. "É muito provável que precise de um pretexto — uma provocação séria, como mais um 'comboio humanitário' na fronteira ou algum tipo de fake-news ao estilo dos 'capacetes brancos' com um alegado uso de armas pelo governo contra civis, etc.", destacou.
"De um jeito ou de outro, é claro que consideraremos qualquer cenário de intervenção militar dos EUA como uma agressão, pois a Venezuela tem apenas um presidente. O que Guaidó agora também reconheceu, confirmando que não pode se apoiar nem no povo, nem no exército", concluiu.
Segundo o ministro venezuelano da Defesa, Vladimir Padrino López, as Forças Armadas da Venezuela continuam completamente fiéis às autoridades legítimas.