Senador russo: intervenção militar dos EUA na Venezuela será considerada 'agressão'

© Sputnik / Alejandro Martinez Velez / Acessar o banco de imagensManifestantes em Madri segurando cartaz em apoio ao presidente legitimo da Venezuela, Nicolás Maduro
Manifestantes em Madri segurando cartaz em apoio ao presidente legitimo da Venezuela, Nicolás Maduro - Sputnik Brasil
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A Rússia considerará qualquer cenário de intervenção militar dos EUA na Venezuela como uma agressão contra um Estado independente, assegura o chefe do Comitê Internacional do Conselho da Federação (Senado russo), Konstantin Kosachev.

No entanto, o senador não excluiu a possibilidade de haver provocações de Washington para intervir nos assuntos internos de Caracas.

"O reconhecimento por Juan Guaidó, líder da oposição venezuelana, do fracasso de suas tentativas de obter apoio dos militares confirma a conclusão de que o exército venezuelano ainda é leal ao presidente do país, Nicolás Maduro. Entretanto, a sua disposição de considerar a proposta dos EUA de uma intervenção militar dissipa definitivamente as dúvidas sobre em cujos interesses ele age", declarou o parlamentar.

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Ao mesmo tempo, o político russo indicou que antes Washington usou sua influência política sobre outros Estados para reconhecerem o líder da oposição como "presidente legítimo da Venezuela". Isso, indica, foi necessário para que a intervenção, caso aconteceria, fosse formalmente legal.

"Outra questão é que, neste caso, os Estados Unidos terão que desempenhar o papel desagradável de um invasor assumido e um agressor de fato, e não de um instigador e mentor, como tem sido. E é pouco provável que o fato de Guaidó chegar ao poder apoiado nas baionetas americanas, se considerarmos isso pelo menos teoricamente, aumente sua popularidade e legitimidade tanto no país como no mundo", acrescentou.

Portanto, agora o senador acredita que Washington pensará profundamente sobre se deve usar a força. "É muito provável que precise de um pretexto — uma provocação séria, como mais um 'comboio humanitário' na fronteira ou algum tipo de fake-news ao estilo dos 'capacetes brancos' com um alegado uso de armas pelo governo contra civis, etc.", destacou.

"De um jeito ou de outro, é claro que consideraremos qualquer cenário de intervenção militar dos EUA como uma agressão, pois a Venezuela tem apenas um presidente. O que Guaidó agora também reconheceu, confirmando que não pode se apoiar nem no povo, nem no exército", concluiu.

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A crise na Venezuela se agravou em 30 de abril, quando o líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino do país, lançou a chamada Operação Liberdade para retirar Nicolás Maduro do poder. Em um vídeo publicado no Twitter, Guaidó aparece ao lado de militares e do líder oposicionista Leopoldo López, que estava preso desde 2014 e foi libertado pelos rebeldes, na base aérea de La Carlota, em Caracas. Guaidó apelou a uma "luta não violenta", disse ter os militares do seu lado e afirmou que "o momento é agora".

Segundo o ministro venezuelano da Defesa, Vladimir Padrino López, as Forças Armadas da Venezuela continuam completamente fiéis às autoridades legítimas.

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