De acordo com um comunicado divulgado pelo Kremlin, "durante a troca de opiniões sobre a situação em torno Venezuela, o presidente russo ressaltou que apenas o povo venezuelano para decidir o futuro do seu país".
"Interferência externa nos assuntos internos da Venezuela, tenta alcançar pela força uma mudança de governo em Caracas minar as perspectivas de uma solução política para a crise", declarou o presidente russo.
Além disso, Putin informou resultados trombeta de sua recente cúpula com o líder norte-coreano Kim Jong-un, na cidade russa de Vladivostok, e sublinhou que "o cumprimento de boa fé por Pyongyang de compromissos deve ser acompanhado por um alívio de sanções contra a Coreia do Norte".
Ambas as partes "enfatizaram a importância de promover a desnuclearização da península coreana e alcançar uma normalização duradoura" da situação.
Durante a conversa, Putin também mencionou a situação na Ucrânia no contexto das recentes eleições presidenciais, onde Volodymyr Zelensky prevaleceram, e o presidente russo "sublinhou que a nova administração em Kiev deve tomar medidas reais para cumprir os acordos de Minsk, importante chave para resolver o conflito interno" no Donbass, cujo saldo é de cerca de 13.000 mortes, cinco anos após o início da crise.
Em relação à agenda bilateral, os dois líderes "analisaram a situação e as perspectivas das relações com ênfase na cooperação econômica".
"Os presidentes falaram sobre o desenvolvimento de contatos de negócios e investimentos mutuamente benéficos" e "disposição confirmada para promover o diálogo em vários campos, incluindo a questão da estabilidade estratégica", informou a declaração da Presidência russa.
Putin e Trump "expressaram sua satisfação com a conversa realizada que tinha um caráter construtivo e substancial" e "concordaram em continuar os contatos em diferentes níveis", acrescentou a nota.
A conversa foi conduzida por iniciativa de Washington, poucos dias depois de uma tentativa de golpe que falhou em Caracas em 30 de abril.