Steven Mnuchin observou que a China afastou-se da postura conciliatória ao longo do processo de negociação. Ele também alegou que toda a equipe econômica foi unânime ao recomendar ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que os Estados Unidos seguissem em frente com as tarifas caso não houvesse um acordo com a China até a próxima sexta-feira, segundo a Reuters.
Mnuchin também afirmou que os EUA estavam planejando uma reunião com Donald Trump e Xi Jinping.
A afirmação segue o tom das declarações emitidas pelo representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, para quem a China teria demonstrado "erosão em seus compromissos" ao longo da semana passada. Ele confirmou que Washington receberá uma delegação chinesa na quinta e na sexta-feira. A expectativa é que o vice-premiê chinês Liu He participe das negociações.
Lighthizer acrescentou que Donald Trump gostaria de um acordo com "mudanças estruturais substanciais", embora admita que "não é onde estamos agora".
No começo do dia, o presidente dos EUA afirmou que aumentaria as tarifas sobre produtos chineses de 10% para 25% a partir da sexta-feira. A declaração derrubou bolsas no mundo inteiro, sobretudo na Ásia e Europa. No Brasil, o Ibovespa fechou com queda de 1.04%.
A última rodada de negociações comerciais entre os dois países foi realizada em Pequim em 30 de abril, e a próxima está marcada para 8 de maio. Durante essas negociações bilaterais, a China e os Estados Unidos estão tentando elaborar um acordo comercial mutuamente aceitável que ponha fim a uma guerra tarifária de quase um ano entre as maiores economias do mundo.