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'Trotski da direita': ex-comandante do Exército critica Olavo após ataques contra Santos Cruz

© Foto / Marcelo Camargo/Agência BrasilComandante do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, participa de audiência na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional
Comandante do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, participa de audiência na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional  - Sputnik Brasil
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O ex-comandante do Exército Brasileiro e integrante do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Eduardo Villas Bôas, teceu duras críticas ao guru do governo do presidente Jair Bolsonaro, Olavo de Carvalho, após ataques contra o general Carlos Alberto Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo.

Villas Bôas utilizou a sua página no Twitter para acusar Carvalho de ser um "verdadeiro Trotski de direita", que age "no sentido de acentuar divergências" no país.

A mensagem o ex-comandante do Exército expõe o que pensam os militares, alvos recorrentes das ofensas proferidas por Carvalho e seus aliados, em uma constante queda de braço em diversos setores do governo Bolsonaro.

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Segundo a revista Época, compartilham da mesma opinião de Villas Bôas os generais Augusto Heleno, do GSI e assessor de primeira hora de Bolsonaro, o próprio Santos Cruz, o vice-presidente Antônio Hamilton Mourão, e o general Fernando Azevedo e Silva, do Ministério da Defesa.

No mais recente capítulo da disputa entre militares e olavistas, Santos Cruz se tornou alvo por conta de uma entrevista concedida há cerca de um mês nos EUA. Na oportunidade, o general e ministro de Bolsonaro sugeriu que o "controle da mídia" estaria no radar do governo.

"As distorções e os grupos radicais, sejam eles de uma ponta ou de outra, da ponta leste ou da ponta oeste, isso aí tem que ser tomado muito cuidado, tem que ser disciplinado. A própria legislação tem de ser melhorada", declarou Santos Cruz, referindo-se ao uso das redes sociais para ataques.

Um dos primeiros a puxar o coro contra o ministro foi o humorista Danilo Gentili.

O próprio Olavo de Carvalho voltou a atacar o general em seguida, enquanto o próprio presidente da República desmentiu qualquer interesse em controlar as mídias no Brasil.

Alinhado aos olavistas, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, também atacou a ideia sugerida por Santos Cruz.

Nos bastidores, afirma-se que os ataques ao general se devem ao fato dele ter revogado a portaria que determinava aprovação do Planalto para peças publicitárias das estatais, esta implementada após a polêmica em torno de uma campanha do Banco do Brasil, diretamente criticada por Bolsonaro.

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