Anteriormente, foi relatado que os Estados Unidos estão enviando o porta-aviões USS Abraham Lincoln e uma força-tarefa de bombardeiros para perto do Irã. Segundo declarou o assessor de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, o objetivo dessa medida é enviar "uma mensagem clara e inequívoca" a Teerã.
Nessa conexão, o jornalista Lorenz Hemiker, do Frankfurter Allgemeine, levanta em seu artigo a questão: não será o grupo de ataque naval estadunidense um "blefe de cem mil toneladas"?
"Embora o poder do grupo de ataque do porta-aviões e dos bombardeiros americanos seja incontestável, é questionável se as palavras de Bolton causaram sequer qualquer impressão no Irã. Há duas razões para isso", observa o autor.
Em segundo lugar, continua, desde há muito tempo que a presença de porta-aviões americanos nas proximidades da costa iraniana "não é a exceção, mas a regra".
O representante do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, Keyvan Khosravi, afirmou, por sua vez, que Teerã duvida que os Estados Unidos, enviando um porta-aviões para a costa do Irã, desejem testar a capacidade das Forças Armadas iranianas.
As tensões entre os dois países aumentaram em meados de abril, quando o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a decisão de classificar o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) como organização terrorista.
Em resposta, o Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã classificou o Comando Central dos Estados Unidos (Centcom) como organização terrorista e designou os EUA como país patrocinador do terrorismo.