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MP diz que desde 2007 núcleos operavam desvio de salário no gabinete de Flávio Bolsonaro

© AP Photo / Silvia Izquierdo Candidato à presidência do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), vota no Rio de Janeiro junto ao seu filho Flávio, em 7 de outubro de 2018
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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) conduz uma investigação que aponta indícios de irregularidades em um esquema no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), quando ele ainda atuava como deputado estadual.

Segundo o MP, no gabinete de Flávio tinha “clara divisão de tarefas” para desviar salários de funcionários. Promotores afirmam também que o ex-motorista Fabrício Queiroz tentou assumir a responsabilidade sozinho “para desviar o foco”.

Na última quarta-feira (15), a revista Veja teve acesso a detalhes de um relatório do MP-RJ que apura indícios de lavagem de dinheiro através da compra e venda de imóveis.

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Essa investigação foi usada como base para o Ministério Público pedir à Justiça a quebra do sigilo bancário e fiscal de 95 pessoas e empresas relacionadas a Flávio Bolsonaro.

De acordo com os investigadores, Flávio investiu R$ 9,4 milhões na compra de 19 salas e apartamentos na Zona Sul e na Barra da Tijuca, no Rio, entre 2010 e 2017. As informações foram publicadas pela revista Veja e pela TV Globo.

​Através de uma suposta organização criminosa no gabinete de Flávio Bolsonaro, operava um esquema para desviar recursos públicos "desde o ano de 2007", por dezenas de integrantes do gabinete de Flávio Bolsonaro e outros assessores nomeados por ele na Alerj.

O documento cita que haviam 3 núcleos com  “clara divisão de tarefas” no que seria um crime de peculato — apropriação, por funcionário público, de bens alheios —, além de lavagem de dinheiro.

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O MP também chama a atenção para o que seria uma tentativa de “desvio de foco” por parte de Queiroz. O texto cita um “nítido objetivo de tentar assumir sozinho a responsabilidade penal e desviar o foco da investigação que também recai sobre o ex-deputado Flavio Bolsonaro”.

“Não parece crível a insinuação da defesa de que a liderança da organização criminosa caberia ao próprio Fabrício Queiroz, um assessor subalterno, que teria agido sem conhecimento de seus superiores hierárquicos durante tantos anos”, diz o texto.

De acordo com os investigadores, Flávio investiu R$ 9,4 milhões na compra de 19 salas e apartamentos na Zona Sul e na Barra da Tijuca, no Rio, entre 2010 e 2017, quando ocupava o cargo de deputado.

De acordo com os promotores, há indícios de que Flávio lucrou mais de R$ 3 milhões com as negociações.

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