As edições Spiegel e Sueddeutsche Zeitung relataram, referindo um vídeo que haviam recebido, que em 2017 Strache discutiu a possibilidade de compra da edição austríaca Kronen Zeitung com Makarova, suposta sobrinha de um influente empresário russo, para obter ajuda nas eleições parlamentares.
Além disso, as publicações observaram que também foram discutidos outros acordos, segundo os quais Makarova poderia ter acesso a contratos estatais em troca de assistência ao Partido da Liberdade da Áustria (FPO), do qual Strache é líder. A Procuradoria-Geral da Áustria disse que iria verificar o vídeo.
Mas quem e com que objetivo as instalou para comprometer o futuro vice-chanceler ainda não se sabe. Como resultado do escândalo, Strachhe anunciou sua demissão do cargo no sábado (18).
"Hoje às 11:00 falei com o chanceler Sebastian Kurz e pedi-lhe a demissão do cargo de vice-chanceler da Áustria, e ele tomará a decisão", disse Strachhe aos jornalistas. Além disso Strache afirmou que o seu partido não recebeu qualquer assistência da alegada mulher russa que figura no escandaloso vídeo.
Após as eleições legislativas antecipadas na Áustria em 2017, o Partido Popular Austríaco (OVP), conservador, liderado pelo chanceler Sebastian Kurz, formou um governo de coligação com o FPO, liderado por Strachhe.
Por sua vez, o canal OE24, citando fontes altamente colocadas do OVP, disse que o chanceler austríaco Sebastian Kurz não pretende continuar a coalizão com o FPO, e anunciará novas eleições parlamentares. De acordo com algumas fontes, a grande maioria dos membros do OVP, incluindo o chanceler Kurz, perderam a confiança no FPO.