Sistema Aegis dos EUA na Europa pode disparar mísseis Tomahawk em breve, diz analista

© AP Photo / Matthew Daniels/ Marinha dos EUAMíssil Tomahawk sendo lançado pelo cruzador de mísseis guiados USS Monterey pela Marinha dos EUA (foto de arquivo)
Míssil Tomahawk sendo lançado pelo cruzador de mísseis guiados USS Monterey pela Marinha dos EUA (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Washington está modernizando discretamente seu sistema de defesa antimíssil Aegis Ashore na Romênia, possivelmente para este ser capaz de lançar mísseis de cruzeiro Tomahawk, segundo relatos.

Após os esforços de modernização que estão sendo realizado na base militar em Deveselu, na Romênia, existe uma alta probabilidade de que esses mísseis sejam entregues ao local, declara uma fonte anônima.

O analista militar Mikhail Khodarenok afirma que o Pentágono está enviando para o país europeu dois destróieres de mísseis equipados com o sistema de combate Aegis, com interceptores de mísseis SM-3 a bordo, e implantando sistemas THAAD (Terminal High Altitude Area Defense).

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O analista acredita que esses esforços sugerem que os militares americanos querem que os THAAD e os mísseis baseados em navios assumam as funções defensivas e liberem a base terrestre para outras funções, acredita o analista.

"Dessa forma, a área de Deveselu pode agora possibilitar a instalação de mísseis de cruzeiro Tomahawk na Europa, pela primeira vez desde o fim da Guerra Fria", diz especialista.

Para Khodarenok, a modernização da base em Deveselu representa uma verdadeira ameaça à Rússia, que não deve ficar sem resposta, tendo em conta que Moscou dispõe de uma vasta gama de contramedidas. Ele sugere como uma dessas medidas o aumento da presença militar russa na Crimeia, implantando jatos MiG-31BM capazes de transportar mísseis hipersônicos Kinzhal de última geração.

O especialista militar acredita que esta arma secreta (os mísseis hipersônicos) dá à Rússia vantagem sobre os potenciais adversários, pois ainda não existem defesas conhecidas contra ela.

Ele também considera a implantação de sistemas de mísseis Kalibr de baseamento marítimo ao longo da costa da Crimeia, ou o posicionamento de bombardeiros de longo alcance Tu-22M3M na península.

Os trabalhos na Romênia de atualização do sistema Aegis Ashore (versão terrestre do sistema antimíssil instalado nos navios de guerra americanos, comumente armados com mísseis Tomahawk) tiveram início após a saída unilateral de Washington do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF), que proíbe a Rússia e os EUA de terem mísseis terrestres com alcance entre 500 km e 5.500 km.

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