O primeiro ministro israelense advertiu que o Irã sofrerá "consequências terríveis" se ameaçar Israel, ao mesmo tempo que reafirmou sua posição firme em relação às Colinas de Golã ocupadas.
"Não só levamos as ameaças do Irã a sério, como também não somos dissuadidos por elas, porque qualquer um que tente nos atingir será ainda mais atingido […] Temos provado isso muitas vezes na história do nosso Estado. E acabamos de provar isso ontem (2) à noite", disse Netanyahu no domingo durante uma cerimônia realizada em Jerusalém.
Segundo a agência de notícias SANA, a recente ofensiva com mísseis correspondeu a "sucessivos ataques terroristas nos subúrbios do norte de Hama e Idlib".
A Síria classifica os ataques uma violação da sua soberania, acusando Israel de aumentar o moral dos terroristas que ainda restam no território sírio.
De acordo com analistas, Tel Aviv parece ter intensificado suas intrusões transfronteiriças, principalmente após o reconhecimento da soberania israelense sobre Golã pelo presidente norte-americano Donald Trump.
"Israel respondeu tão rapidamente porque quer preservar o status quo da ocupação israelense [...] Israel nem sequer tem o direito de estar nas Colinas de Golã", afirma o jornalista e escritor do Oriente Médio Ali Rizk.
"Netanyahu está em terreno sólido quando se trata de sua política de segurança e de lidar com ameaças. Ele goza de amplo apoio tanto da esquerda quanto da direita nesta questão", ressaltou o analista político Mitchell Barak.
Para o jornalista Rizh, "esses passos dados por Washington beneficiam principalmente Netanyahu".
"Vemos uma campanha contínua de ataques , contra-ataques e retaliações. Ambos os lados jogam mais pela [vantagem] política; não é apenas o lado israelense […] Os inimigos de Israel não estariam lá em primeiro lugar se não fossem os fracassos da política externa dos EUA", disse o jornalista Martin Jay.