McKenzie afirmou, durante uma entrevista a repórteres em Bagdá, que não tem a certeza se os movimentos militares americanos causaram um efeito duradouro em Teerã.
"É minha avaliação que isto fez com que os iranianos recuassem um pouco, mas não tenho a certeza de que eles estejam recuando estrategicamente […] Não acredito que a ameaça tenha diminuído. Acredito que a ameaça é muito real", declarou à agência AP, complementando que as supostas ameaças do Irã são "avançadas, iminentes e muito específicas".
"Eles [os iranianos] estão sempre à procura de fraquezas […] Eu diria que a ameaça provavelmente evoluiu de certas maneiras, mesmo que nossa postura defensiva tenha mudado e se tornado mais agressiva", destacou.
Segundo a publicação da AP, o general McKenzie e outros militares estão tentando equilibrar o número de forças necessárias para evitar um ataque, mostrando prontidão para responder defensivamente e destacando forças militares adicionais para a região do golfo.
"Cumulativamente, tudo isso fez com que recuassem um pouco e recalculassem o rumo que aparentemente estavam tomando", declarou McKenzie.
Essa ação poderia desencadear um conflito, ao parecer que Washington está planejando uma ofensiva, escreve a mídia.
O chefe do Estado-Maior Conjunto, general Joseph Dunford, caracterizou a ameaça como "qualitativamente" diferente das anteriores, acrescentando que foi "mais uma campanha", informou a CNN.
Em maio, os EUA enviaram um grupo de ataque liderado por um porta-aviões, uma força-tarefa de bombardeiros e uma série de forças terrestres para a região do golfo Pérsico, se referindo a uma ameaça não revelada do Irã em meio ao aumento das tensões políticas entre Washington e Teerã.
As tensões entre Washington e Teerã aumentaram quando os EUA declararam a Guarda Revolucionária iraniana com organização terrorista, além de terem ampliado as sanções contra o comércio de petróleo iraniano. O Irã respondeu classificando o CENTCOM também como entidade terrorista.