A bordo do porta-aviões nuclear USS Abraham Lincoln, atualmente no mar da Arábia, o general americano justificou esta expansão afirmando que o destacamento naval liderado pelo porta-aviões já provou ser fundamental para afastar as ameaças iranianas alegadamente iminentes.
McKenzie afirma que o reforço dos EUA na região estabilizou a situação, mas insistiu que Teerã representa um perigo muito real e que um ataque poderia ser iminente, informa a mídia.
De acordo com o General McKenzie, para se ter uma força de dissuasão credível a longo prazo na região, a presença dos EUA precisa de ser reforçada.
Referindo-se ao fato de que tal medida iria inverter drasticamente a política militar global dos EUA, uma vez que o presidente dos EUA, Donald Trump, tinha inicialmente feito questão de se livrar dos conflitos no Oriente Médio, o general McKenzie afirmou que a ameaça colocada pelo Irão poderia merecer ajustamentos.
"Eu penso muito cuidadosamente, muito tempo e muito antes de falar em trazer recursos adicionais para o cenário [… ] Estamos no processo de negociar isso", destacou o comandante, reconhecendo os custos potenciais dessa mudança.
No início de maio, o general McKenzie havia solicitado o envio à região de uma força de ataque composta por um porta-aviões, bombardeiros B-52, tropas e um sistema antimíssil, referindo-se a ameaças "específicas" aos EUA e às forças aliadas, bem como a interesses no Iraque e em outros locais.
Desde 2018, os EUA estão em rota de colisão com o Irã após o afastamento de Trump de um acordo nuclear multilateral de 2015, com Washington reinstituindo todas as sanções contra Teerã e designando a Guarda Revolucionária iraniana de organização terrorista estrangeira, com um objetivo declarado de reduzir a zero as exportações de petróleo iranianas.