"Há seis ou sete ilhas cuja existência deve ser confirmada durante a expedição. A maioria delas, supostamente, mede mais de 500 metros de comprimento", afirmou o chefe do Serviço Hidrográfico da Frota, Aleksei Kornis, citado pela edição Izvestia.
De acordo com Kornis, trata-se de ilhas no arquipélago de Nova Zembla. As suposições sobre a sua existência surgiram na sequência da análise de imagens de satélite e de dados de outras expedições.
"Porém, as ilhas só são consideradas oficialmente descobertas quando são pisadas por hidrógrafos. Há que estabelecer quão permanentes são estas estruturas, se, por exemplo, não fazem parte de um glaciar", indicou Kornis.
Degelo do Ártico revela novos territórios
O aquecimento global e o derretimento de glaciares, que deixam descoberto territórios antes repletos de gelo, contribuem para novos descobrimentos. Segundo Kornis, os glaciares derretem anualmente por dezenas de metros.
A expedição terá lugar entre agosto e setembro, a bordo de vários navios da Frota do Norte, incluindo navios hidrográficos. Os participantes visitarão Nova Zembla, onde, em particular, serão realizados trabalhos para confirmar a existência das ilhas.
A parte principal da expedição decorrerá na Terra de Francisco José, onde a expedição pretende percorrer as rotas dos primeiros investigadores do arquipélago. Está prevista uma ampla gama de medições científicas, geológicas, hidrográficas e outras.
Além disso, a investigação também pode ter influência sobre a utilização da Rota Marítima do Norte, já que a aparição de novas baías fará com que a navegação seja mais segura. Além disso, os cientistas têm uma oportunidade única de observar processos similares aos que ocorreram na Terra há milhões de anos após o final do período glaciar: a formação de novas estruturas geológicas ou a aparição e desenvolvimento da flora e fauna.
Outra tarefa importante é esclarecer os limites da zona econômica marítima da Rússia de 12 milhas, que é medida a partir dos pontos extremos do território.