De acordo com a emissora de televisão nacional NRK, entre as três amostras recolhidas, as duas primeiras não registaram vazamento, mas a terceira mostrou um nível que supera muito o nível normal da água do mar.
Amostras foram tiradas do tubo de ventilação. A pesquisadora Hilde Elise Heldal da Universidade de Noruega de Pesquisas da Marinha notou que estes dados são preliminares. Segundo ela, o vazamento não representa o perigo para a pesca e para cientistas que coligem amostras.
Os pesquisadores sublinham que o tubo de ventilação está instalado perto do reator nuclear do Komsomolets. O nível de radiação foi maior do que nas amostras do ano de 2007 recolhidas por cientistas russos. Entre as causas da emissão de partículas radioativas podem estar as correntes oceânicas.
O controle do submarino foi iniciado no dia 6 de julho e é realizado por uma equipe de pesquisadores da Rússia e da Noruega no navio GO Sars. Os cientistas analisam vazamentos e tomam amostras de água. As provas anteriores mostraram que o submarino está gravemente danificado e confirmou o fato de haver emissões.
Para recolher dados a uma profundidade tão grande, 1.700 metros, os pesquisadores usam o minissubmarino norueguês Ægir 6000, controlado remotamente, que também tira fotos do lugar de pesquisas, uma delas foi divulgada pela Direção para Proteção de Radiação e Segurança Nuclear (DAS).
Slik ser den sovjetiske atomubåten "Komsomolets" ut i dag – 30 år etter at den sank i Norskehavet. Forskerne fikk de første bildene av vraket sent søndag kveld. pic.twitter.com/4QBMB3svPv
— Direktoratet for strålevern og atomsikkerhet (@Straalevernet) 8 de julho de 2019
A Noruega realiza o controle de radioatividade no local a cada ano desde 1990.
"É importante que o controle continue, desta maneira nós atualizamos os dados sobre a poluição nesta área em torno do submarino. A vigilância ajuda a garantir a confiança dos consumidores na indústria de pesca da Noruega", explica Hilde Elise Heldal.
O submarino nuclear afundou no mar da Noruega em 1989 por causa de um incêndio a bordo. Em resultado, morreram 42 marinheiros, de um total de 69, em um dos mais trágicos acidentes na história da Marinha Soviética. O casco do submarino está a uma profundidade de 1.700 metros.