O Ministério da Defesa turco disse na sexta-feira (12) que os aviões que transportam componentes para o sistema S-400 começaram a chegar a Ancara.
"As 100 pessoas que enviamos para a Rússia para treinamento [nos sistemas S-400] poderão mais tarde treinar outras pessoas. Portanto, quando voltarem elas treinarão [outras pessoas]. Esse número [de especialistas] não é suficiente, e, talvez, 100 serão multiplicados por 10", disse Erdogan aos chefes da mídia turca, conforme citado pela emissora Haberturk.
O presidente também ressaltou que todo o processo de importação e instalação dos sistemas S-400 terminará em abril de 2020.
Acordo mais importante da história da Turquia
Erdogan classificou o acordo de compra dos S-400 como o mais importante da história turca, e entendeu como um passo para a co-produção com a Rússia e o diálogo sobre os sistemas de defesa aérea S-500.
O presidente turco ressaltou que a Turquia está comprando os S-400 apenas para garantir sua segurança nacional e não para se preparar para ações militares.
Ele também observou que a OTAN deveria estar feliz que a Turquia obteve os sistemas de mísseis russos.
Erdogan afirmou que a Turquia está entre os países mais poderosos da OTAN e também que é o país mais poderoso de sua região.
Polêmica com os EUA
Em dezembro de 2017, Moscou e Ancara assinaram um contrato de empréstimo para a entrega dos sistemas de defesa aérea S-400 à Turquia.
A transação entre a Turquia e a Rússia sobre este assunto foi criticada pela OTAN e pelos EUA.
Ambos citaram preocupações de segurança e incompatibilidade dos S-400 com os sistemas de defesa aérea da OTAN. Os EUA chegaram a ameaçar impor sanções à Turquia por causa do acordo, mas Ancara manteve-se firme em sua intenção de adquirir os sistemas de mísseis.
No entanto, em 4 de julho, o ministro das Relações Exteriores turco, Mevlut Cavusoglu, disse que as divergências entre os EUA e a Turquia quanto à aquisição dos S-400 por Ancara começaram a diminuir após a recente cúpula do G20 em Osaka, no Japão.